Com a economia em pleno vapor e o número de eventos em alta, a previsão de faturamento para 2024, de acordo com dados da Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (Abrape), é expressiva: 75 bilhões de reais.
Essa projeção está ligada diretamente a apenas três segmentos: esportes, música e gastronomia. “Com certeza este é um ano muito positivo para o mercado.
O período pós pandemia fortaleceu ainda mais os eventos presenciais, principalmente quando envolve entretenimento, tendo em vista o desejo por experiências imersivas através da tecnologia, por isso o destaque das áreas de esportes, música e gastronomia é iminente”, diz Édem Davanzzo, fundador da agência Sense_AND, especialista em soluções em comunicação, criatividade e experiência para marcas e empresas.
Somente no saldo acumulado entre janeiro e novembro de 2023, o segmento teve um crescimento de 56%. Este índice foi impulsionado pelo desempenho do core business do setor, que abrange atividades como organização de eventos e produção e promoção de eventos esportivos.
Segundo Davanzzo, é possível dizer que o setor está recuperado e confiante. “Vendo os resultados e projeções do segundo semestre de 2023, o ano de 2024 começou atípico. Normalmente os eventos se iniciam após o carnaval, mas neste ano a demanda começou cedo. Janeiro já abriu com bastante concorrência acontecendo, eventos sendo programados, sinal forte que as empresas estão aquecidas, após anos de cautela, segurando o caixa. Esse é o ano de posicionamento para todo do setor”, afirma.
De acordo com dados apresentados na ESFE 2024 (Encontro do Setor de Feiras e Eventos), o Brasil figura o Top 5 do mundo em termos de rentabilidade no setor de eventos. “Quando olhamos para o mercado corporativo, são as empresas brasileiras as principais responsáveis por movimentar esse setor como um todo. A insegurança econômica e política do Brasil estão diretamente ligadas à estabilidade dessa área. Nesse caso lembramos da Perse. A interrupção abrupta desse projeto afeta além das empresas e do setor, mas diretamente à contratação de mão de obra que a demanda exige”, explicou.
Para Édem, a grande chave foi deixar de ver as coisas pela ótica do setor e começar a ver pela ótica da economia. E por esta perspectiva, o setor de eventos tem muito a agregar à economia nacional. “Com o calendário pujante deste ano estamos com a nossa agenda concorrida. Como este ano já começou bem aquecido, nossa expectativa é que haja um crescimento de 20% no faturamento da empresa”, comenta o fundador.