Homens são mais confiantes do que mulheres na frente dos negócios

Levantamento do Sebrae que apura competências socioemocionais dos donos de empresas no Brasil indica que os homens levam vantagem quando o assunto é a própria imagem

Foto: Divulgação

No mundo do empreendedorismo, problemas de autoconfiança e uma autoavaliação socioemocional mais negativa acompanham as mulheres que estão à frente dos negócios.

É o que aponta a pesquisa Empreendedorismo Feminino, encomendada pelo Sebrae, que escutou cerca de 7 mil empreendedores – dos dois gêneros – de todo o país.

O levantamento aponta que os homens apresentam desempenho melhor na questão de autoconfiança. Já as mulheres, no entanto, procuram mais ajuda quando se sentem ansiosas e angustiadas.

A maior diferença aparece quando donos e donas de negócios foram questionados sobre o sentimento de segurança e autoconfiança. Entre elas, esse sentimento é compartilhado por 70% das entrevistadas, já para os homens, o índice chegou a 85%.

Sobre conhecer os pontos fortes e fracos e as capacidades de resolver problemas, 87% dos entrevistados do gênero masculino afirmaram que têm o domínio dessas habilidades, contra 83% do público feminino.

Quando a questão é a facilidade para definir projetos e transformar sonhos em realidade, a diferença entre homens e mulheres é de 11 pontos percentuais (72% e 61%, respectivamente).

Já na percepção sobre si em relação à facilidade para falar em público, a diferença cai – 59% e 52%. Em relação ao pedido de apoio quando se sentem ansiosos ou angustiados, as mulheres (49% das mulheres empreendedoras) buscam ajuda de amigos e terapias contra 35% dos homens.

“Temos como meta diminuir essa disparidade entre os negócios liderados por homens e mulheres, tornando o setor mais competitivo, até mesmo na forma como elas se veem. Elas são a maioria das pessoas no Brasil, são mais escolarizadas e, por isso, merecem se sentir mais capacitadas e autoconfiantes para avançar em seus negócio. A autoimagem tem uma importância fundamental para quem empreende.”

Margarete Coelho, diretora de Administração e Finanças do Sebrae.

Outros dados

Uma das razões para as empreendedoras se sentirem menos confiante pode estar ligada a outro dado do levantamento. A pesquisa sinalizou que as mulheres têm menos apoio do cônjuge para abrir ou gerir seus negócios.

Entre empreendedores do gênero masculino, o apoio do cônjuge é mais frequente do que entre mulheres, quando 68% deles afirmaram terem sido ajudados contra 61% delas. Além disso, 42% das empreendedoras já viram outras mulheres sofrerem preconceito pela questão do gênero. O levantamento também indica que uma em cada quatro mulheres (24%) já sofreu essa situação na pele.

Fonte:SEBRAE