A integração entre Inteligência Artificial (IA), machine learning e práticas de economia circular ganha força no Brasil com a atuação da Aquapolo, maior empreendimento de água reciclada da América do Sul.
Com foco no fornecimento sustentável para o Polo Petroquímico de Capuava e outras indústrias do ABC Paulista, o empreendimento avança ao adotar tecnologias de IA para monitoramento, previsão e otimização da produção de água de reuso industrial.
A iniciativa está alinhada a uma tendência global: segundo a consultoria Markets and Markets, o mercado de Inteligência Artificial para gestão hídrica deve ultrapassar US$ 1,2 bilhão até 2027, impulsionado pela demanda por eficiência operacional e sustentabilidade.
No Brasil, apenas 1% da água utilizada é reciclada, enquanto países como Singapura ultrapassam os 40% — uma lacuna que a tecnologia pode ajudar a reduzir rapidamente.
O uso de IA permite análises preditivas baseadas em milhares de dados operacionais em tempo real, otimizando o consumo energético, o uso de insumos químicos e os processos de tratamento da água. O machine learning identifica padrões e anomalias no sistema, antecipando manutenções e reduzindo perdas operacionais, o que contribui diretamente para os princípios da economia circular.
“Com o apoio da Inteligência Artificial, conseguimos tornar nosso sistema ainda mais eficiente e resiliente. A tecnologia nos ajuda a tomar decisões mais rápidas e precisas, garantindo a qualidade da água reciclada entregue à indústria e fortalecendo nossa missão de promover a sustentabilidade na prática”, afirma Márcio José, CEO da Aquapolo.
A Aquapolo já produziu mais de 120 bilhões de litros de água reciclada desde o início de sua operação em 2012, evitando o uso de recursos hídricos naturais e contribuindo com a preservação dos mananciais da Região Metropolitana de São Paulo.
“Em um cenário de mudanças climáticas e escassez hídrica, a combinação entre inovação e circularidade se mostra um caminho estratégico e necessário”, enfatiza Fernando Gomes, Diretor da Aquapolo.
A expectativa é que, nos próximos anos, mais empresas do setor industrial adotem soluções baseadas em IA para ampliar o uso da água reciclada em seus processos produtivos. Com isso, o Brasil dá mais um passo rumo a uma economia de baixo carbono, regenerativa e baseada em ciclos sustentáveis.
