As plataformas de e-commerce fecharam o ano com movimentação superior a US$275 bilhões e com expectativa de chegar a US$435 bilhões até 2026. Os dados são do relatório organizado pela empresa de pagamentos PagSeguro, no contexto de 17 países da América Latina – além de Portugal, Espanha e Turquia – nas verticais de varejo, viagens, apostas, jogos, streaming, educação online e criptomoedas.
Entre os meios de pagamento, o relatório destaca a tendência de crescimento do Pix de 17% para 19% nos próximos três anos. O Pix é o método de pagamento de maior crescimento para varejo e apostas, e já representa 29% do volume de comércio eletrônico no Brasil, atrás apenas dos cartões de crédito nacionais, que possuem participação de 40%.
Segundo Cristiano Maschio, diretor da fintech Qesh e especialista em pagamentos, o aumento se deve a avanços na experiência de clientes e empresas: “Cada vez mais, os consumidores darão preferência para transações rápidas e eficientes, especialmente no comércio eletrônico. O Pix surge como alternativa ágil e segura, que impulsiona a fluidez das operações”.
Apesar da liderança entre os métodos mais usados para pagamentos on-line, desde 2018, operações por meio de cartões de crédito no comércio eletrônico caíram quase 10 pontos percentuais, de 55% para 47%. A projeção é cair para 43% até 2026.
Em relação ao uso de dinheiro em espécie, o levantamento aponta a crescente substituição por métodos de pagamentos digitais. No Brasil, a participação em dinheiro nas transações de compras é pequena, de 16%, em relação a outros países, como Colômbia (52%) e Argentina (42%).
“Pagamentos digitais, como o Pix, ganham tração justamente por atender às necessidades de empresas e consumidores. Em muitos casos, a operação via Pix apresenta custos menores do que taxas associadas a cartões. Além disso, a digitalização torna os serviços financeiros mais inclusivos e eficientes”, diz Maschio.