Em um cenário empresarial marcado pela resiliência e adaptação, especialmente em meio à aceleração digital, o ano de 2023 destacou-se como um capítulo singular na história corporativa global.
CEOs de grandes empresas não apenas alcançaram conquistas notáveis, mas também abriram suas portas para compartilhar os desafios e aprendizados que vão influenciar suas decisões no próximo ano.
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Ana Paula Prado, CEO do Infojobs
Para Ana Paula Prado, CEO do Infojobs, HR Tech que desenvolve soluções para RH, o ano de 2023 foi de ganho de eficiência. “As empresas começaram a olhar para os próprios resultados e pensar em formas de potencializá-los. A Inteligência Artificial foi incorporada em diversos processos, neste sentido. Em contrapartida, também percebemos um RH mais atento, colocando o colaborador à frente do negócio e entendendo como as pessoas são fundamentais para atingir metas”, conclui.
Cesare Rollo Iacovone, fundador e CEO da Destrava Aí
“Em 2023, aprendemos que ter convicção na visão do negócio é um diferencial competitivo em empresas early stage. Ao mesmo tempo, manter a cabeça aberta às oportunidades e aos feedbacks dos clientes é indispensável para a geração de receita. Ou seja, os fundadores devem equilibrar constantemente a visão do negócio e o feedback do mercado para insistir ou fazer ajustes necessários no produto e modelo de negócios”, avalia o empreendedor à frente da Destrava Aí.
Em 2023, a fintech, que oferece infraestrutura de gestão de garantias especializada em recebíveis de cartões e que possui, entre os clientes, bancos, gestoras de investimento (FIDCs), distribuidoras e franqueadoras, avaliou mais de R$ 500 milhões em recebíveis e mais de R$ 100 milhões em ofertas de crédito com garantia de recebíveis.
Juliano Dias, fundador e CEO da Meetz
“Seu negócio existe única e exclusivamente para vender. Portanto, se o negócio tem forte cultura de tecnologia, mas baixa cultura de vendas, encontre as peças que faltam para colocar a visão comercial no seu negócio. Se o seu negócio não vender, você não vai resolver o problema de ninguém e, consequentemente, não vai transformar o mundo como sonhou desde o primeiro dia”, reflete o empresário, que possui mais de duas décadas de experiência em vendas.
Em 2023, a startup Meetz, que oferece soluções de prospecção e de sales engagement de ponta a ponta para negócios B2B, registrou R$ 10 milhões em faturamento. Criada em 2020 com investimento próprio de apenas R$ 500, nos dois últimos anos, agendou mais de 16 mil reuniões entre o time de vendas dos seus clientes – que atualmente são 300 – e decisores de empresas.
Sylvestre Mergulhão, fundador e CEO da people tech Impulso
“Sabíamos também que desde o início seria um ano mais difícil por conta da escassez de crédito, pouco investimento e layoffs pelo mercado. Por isso, em 2023 focamos em arrumar as coisas dentro de casa e criar novos serviços. Para 2024, estamos mais preparados, com ‘musculatura mais desenvolvida’ para surfar nos novos serviços que implementamos e para trabalhar com ainda mais afinco o posicionamento de marca”, observa o executivo.
A people tech Impulso, que oferece serviços especializados em todo o fluxo de atração, contratação, desenvolvimento e retenção de times de tecnologia remotos, contabiliza mais de 140 mil profissionais em comunidade própria. Criada em 2010, a empresa é remote e assync first, e, desde então, vem auxiliando mais de 400 médias e grandes empresas pelo país, como Stone, Somos Educação, Globo e Cielo.
Vinícius Gallafrio, CEO da MadeinWeb
“2023 foi um ano onde o dinheiro foi muito menos abundante e as empresas tiveram que buscar mais viabilidade e visibilidade do ROI (retorno sobre o investimento) para poder direcionar nos projetos e onde iriam alocar o recurso. Além disso, foi marcado também pela centralização da IA, com a criação do ChatGPT pela Open AI, que acabou levando a inteligência artificial para a mão das pessoas e isso fez uma grande corrida dos grandes providers como Microsoft, AWS, Google, em demonstrar a sua capacidade de aplicar inteligência artificial dentro do dia a dia das empresas. Para 2024 eu aposto na popularização ali da inteligência artificial, especialmente a generativa, com uma positiva e grande corrida e disputa entre os grandes provedores de tecnologia do mundo”.
Flávio Legieri, CEO da Intelligenza IT
“Com certeza uma das principais lições aprendidas em 2023 é o valor de investir cada vez melhor no desenvolvimento das lideranças. No cenário empresarial é crucial promover líderes inspiradores e responsáveis, capazes de adaptar-se a mudanças, resolver problemas eficazmente e comunicar-se de forma impactante, resultando em ambientes de trabalho mais sustentáveis.
Essa abordagem não apenas impulsiona o crescimento individual, mas também contribui para uma cultura organizacional que enfrenta desafios com resiliência, alinhamento e eficiência, preparando nossa organização para prosperar em um cenário de negócios dinâmico e competitivo, construindo assim um futuro mais sustentável e bem-sucedido em 2024 e além”.
Marcelo Assunção, CEO da WohPag
Marcelo Assunção, CEO da WohPag, referência em soluções financeiras para administradoras de condomínios, refletiu sobre 2023 como um ano desafiador, onde superaram inúmeras dificuldades pós-pandemia, recessão econômica e conflitos mundiais. Em um cenário de redução de recursos para investimentos, a empresa concentrou-se em direcionar seus esforços para projetos promissores, impulsionando a fintech a expandir seu capital social e a carteira de clientes em 30%. Esse avanço permitiu a modernização tecnológica, o fortalecimento da estrutura de compliance e atendimento, consolidando-se como uma instituição financeira focada no mercado imobiliário, oferecendo soluções inovadoras para administradoras e condomínios. “Conquistamos quase 10 mil contas digitais, com clientes das três administradoras TOP10 do Brasil e um portfólio robusto. Além disso, iniciamos uma nova rodada de captação de clientes e parceiros em todo o país e estamos otimistas e prontos para um novo ano focado no sucesso”, concluiu.
Daniel Levy, fundador e CEO da Road
Daniel Levy, fundador e CEO da Road, referência em estratégia digital, retratou esse ano como desafiador e analisou perspectivas e tendências para 2024 para o setor do marketing. “2023 foi um ano de desafio macroeconômico. Tivemos uma transição de governo e muitas das grandes empresas seguraram o orçamento com medo do começo do ano. Para 2024, as empresas implementarão cada vez mais no dia a dia dos seus colaboradores a Inteligência Artificial, para se ter um controle de produtividade, se estão em conformidade com as questões de LGPD. Nós lançamos recentemente o nosso próprio chatbot interno para ajudar os colaboradores com dúvidas e orientações internas. Esse é o grande desafio, de como trazer esses avanços para o ambiente de trabalho, a nosso favor e dentro do setor de marketing. Hoje, todas as práticas tradicionais de estratégias de marketing digital dos últimos anos estão extremamente saturadas. Tudo que for mais autêntico e mais personalizado, tanto para a área de vendas quanto para a área de marketing, traz uma maior satisfação para o cliente. Esse será um grande diferencial a partir de 2024. Quem conseguir implementar isso bem com musculatura e estrutura para poder personalizar sua comunicação e o seu processo de venda, vai se sair na frente de outras marcas”, finaliza.