A WeWork, empresa de espaços de trabalho compartilhados, é um exemplo de como uma startup pode cair de forma vertiginosa.
Após o alerta sobre uma possível falência, as ações da rede de coworking desabaram na bolsa de Nova York.
Entenda o que está acontecendo com a companhia que há quatro anos era uma das startups mais apreciadas do mundo
Em 2019, a empresa estava avaliada em US$ 47 bilhões e era considerada uma das mais promissoras do mundo.
No entanto, uma série de problemas, incluindo a péssima gestão do fundador Adam Neumann, a pandemia de Covid-19 e a guerra na Ucrânia, levaram a WeWork à beira da falência.
Após a saída de Neumann da presidência da empresa, a WeWork passou por um processo de reestruturação.
A empresa fechou escritórios, cortou empregos e buscou novos investidores.
Em 2021, a WeWork finalmente abriu capital, mas a sua avaliação foi de apenas US$ 9 bilhões, uma queda de mais de 80% em relação ao valor de 2019.
Em 2023, a WeWork continua enfrentando desafios. A empresa registrou um prejuízo líquido de US$ 397 milhões no segundo trimestre, uma melhora de 37,5% em relação à perda apurada no mesmo período de 2022.
No entanto, a empresa ainda tem uma dívida de US$ 2,9 bilhões e o seu valor de mercado é de apenas US$ 275 milhões.
Alguns analistas acreditam que a WeWork pode declarar falência nos próximos meses. No entanto, a empresa afirma que está comprometida em se recuperar e que está tomando medidas para melhorar a sua situação financeira.
Em 2023 a empresa entrou tão carregada de dívidas que não conseguiu se firmar.
Na primavera, fechou acordos para reestruturar a dívida, cortando obrigações em cerca de 1,5 mil milhões de dólares e prolongando as datas de vencimento de outras notas, numa tentativa de preservar dinheiro, informou a Reuters .
Isso ocorreu depois de fechar 40 localidades no final de 2022 .
Os principais desafios da WeWork
- A dívida: A empresa tem uma dívida de US$ 2,9 bilhões, o que representa uma grande pressão sobre o seu fluxo de caixa.
- A concorrência: O mercado de espaços de trabalho compartilhados está cada vez mais competitivo, com a entrada de novas empresas, como a Coworking Central e a Regus.
- A mudança nos hábitos de trabalho: A pandemia de Covid-19 mudou os hábitos de trabalho de muitas pessoas, que passaram a trabalhar em casa com mais frequência. Isso pode impactar a demanda por espaços de trabalho compartilhados.
O futuro da WeWork
O futuro da WeWork é incerto. A empresa enfrenta desafios significativos, mas também tem alguns fatores a seu favor, como a sua marca forte e a sua posição de liderança no mercado de espaços de trabalho compartilhados.
Se a WeWork conseguir superar os seus desafios, a empresa pode se recuperar e continuar a crescer. No entanto, se a empresa não conseguir se adaptar às mudanças no mercado, pode declarar falência.
